domingo, 15 de maio de 2016

DOENÇAS  DA VESÍCULA BILIAR

A vesícula, é um orgão que faz parte do aparelho digestivo e tem como função armazenar a bílis e regular o seu fluxo para o intestino.
Ao contrário do que se possa pensar, a bílis não é produzida na vesícula mas sim nas células do fígado.
É depois conduzida por uma rede de pequenos canais que, cada vez mais largos que se juntam para formar o canal hepático direito e o esquerdo, que por sua vez se unem num canal hepático comum.
Aqui a bílis inicia o seu trajecto fora do fígado com destino ao duodeno, zona inicial do intestino delgado, onde vai exercer a sua função que consiste em possibilitar a
absorção das gorduras ingeridas.
Desse canal comum, forma-se um outro, chamado de canal cístico que termina na vesícula. Para melhor compreensão, reparem na imagem.
O último segmento da via biliar, chamado canal colédoco, termina num orificio chamado papila.
No intervalo entre as refeições, a vesícula enche-se de bílis e, graças á sua contração, este líquido é esvaziado durante as refeições indo assim cumprir o seu papel na digestão dos alimentos.
A vesícula pode ser sede de várias doenças, sendo a mais comum a que se denomina por litíase, que significa a formação de cálculos, (pedras), no seu interior.
As causas desta doença são variadas e dependendo dessa mesma causa o tipo de cálculos poderá variar.
A existência de cálculos pode, por sua vez,  motivar outras doenças como a infeção da vesícula, obstrução da circulação da bílis, inflamações agudas do pancreas ou mesmo o aparecimento de tumores da vesícula biliar.
O tratamento passa sempre pela cirurgia e não existem medicamentos que façam desaparecer os cálculos.
No próximo artigo falaremos sobre a cirurgia para tratamento das doenças da vesícula.

Para mais informações, convido-vos a visitar a minha página:
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

QUISTOS E LIPOMAS


Já foi referido na publicação anterior que a grande maioria dos nódulos na pele é constituída por dois tipos de lesões benignas: os quistos  e os lipomas.
Ambos  se podem confundir pelo seu aspeto  mas a sua origem, a sua composição e  comportamento clínico são diferentes.
Os quistos, normalmente  conhecidos como sebáceos, surgem em varias partes do corpo  sendo muito frequentes  no couro cabeludo.
Podem ser únicos ou múltiplos.

São constituídos por uma membrana, (cápsula), que envolve um conteúdo constituído por restos de células ou sebo.
Medindo geralmente alguns milímetros podem no entanto atingir dimensões maiores,   até aos cinco ou seis centímetros.
Não possuem qualquer gravidade e têm como principal complicação a infecção que frequentemente evolui para abcesso.
Nestes casos é necessária terapêutica com antibiótico e, com muita frequência, a drenagem cirúrgica.
Normalmente, por razões estéticas e pela frequência de infecção, a sua remoção está indicada.
A cirurgia geralmente é efectuada sob anestesia local e não necessita de internamento.
Os lipomas são tumores benignos constituídos por adipócitos, nome dado às células que constituem o tecido adiposo ou gordo.
Podem ser únicos ou existir em número infindável por todo o corpo.

De alguns milímetros, as suas dimensões podem atingir quinze ou mais centímetros estendendo-se por vezes a camadas mais profundas abaixo da pele.
A indicação para a sua remoção, através de cirurgia, tem a ver com as dimensões, com o incómodo que podem provocar, e com a eventual perturbação nos movimentos quando localizados perto de articulações.
A cirurgia pode muitas vezes ser efectuada com anestesia local mas, dependendo da profundidade, das dimensões e da localização, poderá ser necessária anestesia geral.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA


CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA
A grande evolução científica e tecnológica observada nas duas últimas décadas do Séc. XX  trouxe a possibilidade de oferecer aos doentes a execução atos cirúrgicos através de técnicas muito menos agressivas.

Dessa possibilidade resultam:
· Cicatrizes muito menores.
· Menos dor no pós-operatório.
· Menor incidência de infecções.
· Diminuição de complicações nas cicatrizes operatórias.
· Redução significativa do tempo de internamento.
· Regresso mais rápido á actividade normal.

Nasceu assim a designação de cirurgia pouco invasiva ou mini-invasiva.
Um dos exemplos mais expressivos e que ilustra bem o conceito de “mini-invasivo” é a cirurgia laparoscópica.
Sob esta definição estão os procedimentos cirúrgicos no abdómen executados por videocirurgia.
A cirurgia laparoscópica, desenvolvida e generalizada a partir da década de 90 do Séc. XX, constituiu uma autêntica revolução equiparável a outras importantes descobertas consideradas marcos da história da Medicina.
Operações antes apenas possíveis através de amplas  incisões, ou seja muito invasivas,  passaram  a executar-se de forma menos agressiva, através  de pequenos orifícios onde se  introduzem uma camara de vídeo e os instrumentos de trabalho.
Hoje em dia a grande maioria das cirurgia abdominal são executadas por via laparoscópica.

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domingo, 10 de janeiro de 2016

CIRURGIA AMBULATÓRIA


CIRURGIA AMBULATÓRIA

Define-se como cirurgia ambulatória toda aquela que é praticada sem necessidade de internamento, ou seja a que permite ao doente, depois de operado, pernoitar no seu domicílio.

Ao contrário do que se possa pensar a cirurgia ambulatória não se limita a operações pequenas e realizadas com anestesia local.

As novas técnicas cirúrgicas e anestésicas, permitem que muitas operações que antes necessitavam de um internamento de vários dias possam hoje ser efectuadas com toda a segurança de modo a que a recuperação permita alta no próprio dia possibilitando o pós operatório no domicílio.

Em sua casa o doente é acompanhado por uma equipa que está 24 horas pronta para prestar informações e atuar em caso de necessidade.

A cirurgia ambulatória aplica-se a várias especialidades e a dezenas de tipos de intervenções cirúrgicas.

No entanto há necessidade de verificar, através de critérios internacionalmente definidos, se o candidato a cirurgia preenche as condições necessárias para que a operação que necessita se faça em regime ambulatório.

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

DIAGNÓSTICO PELA INTERNET: ÚTIL OU PERIGOSO?

DIAGNÓSTICO PELA INTERNET: ÚTIL OU PERIGOSO?

Não há dúvida que a internet veio tornar quase infinito o acesso à informação.

À distância de uma palavra escrita num motor de busca, temos ao nosso dispor uma enorme quantidade de dados disponíveis.

Poderemos afirma,  com algum grau de certeza,  que os temas saúde e  medicina  serão dos mais consultados.

A preocupação com doenças, sintomas e sinais leva muitas vezes utilizar este meio de informação, muitas vezes de forma indiscriminada.

A imensidão de informação rapidamente encontrada e a natural incapacidade  para filtrar os dados fornecidos, levam com frequência a que se cometam erros de interpretação que, por sua vez, poderão levar a atitudes incorrectas.

A medicina é uma área muito complexa em que a integração de conhecimentos adquiridos através da formação académica e experiência dada pela prática clínica, tornam os profissionais de saúde as únicas fontes para esclarecer todas as dúvidas, efectuar diagnósticos e decidir sobre o melhor tratamento.

A Internet pode ser útil para nos elucidar e aumentar os nossos conhecimentos no âmbito da cultura geral e para nos esclarecer de forma genérica.

Mas não nos pode levar a tirar conclusões definitivas e implicar modos de actuação, que poderão pôr em causa a saúde de vós próprios ou de quem vos é próximo.